Heloísa Alberto Torres teve presença marcante no cenário científico brasileiro, particularmente no campo da Antropologia, na primeira metade do século XX. Seus estudos envolvendo práticas culturais indígenas, principalmente a arte cerâmica, foram reconhecidos em várias partes do mundo, principalmente nos EUA, onde firmou sólida relação acadêmica a partir dos anos 1940.
Heloísa nasceu em 17 de setembro de 1895 na cidade do Rio de Janeiro, filha de Maria José Xavier da Silveira e Alberto de Seixas Martins Torres, renomado político brasileiro na passagem entre os séculos XIX e XX. Aos 22 anos, após o falecimento de seu pai, dedica-se ao estudo da Antropologia, que a aproxima de Roquette-Pinto, então diretor do Museu Nacional, ingressando como estagiária naquela instituição em 1922. Em 1925, torna-se professora da Divisão de Antropologia e, no ano seguinte, inicia expedições de campo dedicadas à cultura sertaneja e cerâmica indígena no Brasil. Em abril de 1931, foi nomeada Professora chefe da Seção de Antropologia e Etnografia promovendo, nesse cargo, diversos cursos de extensão universitária. Em 1938, torna-se Diretora do Museu Nacional, função em que permaneceu até 1955.
No período em que dirigiu o Museu Nacional, Heloísa deu forte ênfase à qualificação e treinamento de jovens pesquisadores nas áreas de conhecimento afetas ao Museu, com especial valorização da antropologia, etnologia e etnografia, ao mesmo tempo em que se voltava para o enriquecimento das coleções do Museu Nacional, em todas as divisões.
Fotografia de grupo no Museu Nacional. Identificados da esquerda para a direita: Heloísa Alberto Torres (1ª pessoa sentada da esquerda para a direita), Jehan Albert Vellard (3ª pessoa sentada da esquerda para a direita), Alberto Childe (9ª pessoa em pé da esquerda para a direita); Gastão Faria (10ª pessoa em pé da esquerda para a direita e Edgard Roquette-Pinto (13ª pessoa em pé da esquerda para a direita). – Rio de Janeiro, S.d.
Arquivo pessoal de Heloísa Alberto Torres/Acervo IPHAN
Fotografia de grupo no Museu Nacional. Identificados: Padberg-Drenkpol, Heloísa Alberto Torres, Prof. Dr. Max Schmidt, Miguel Ozório de Almeida, Raimundo Lopes, Alberto Childe, Aloísio Ozório de Almeida, Edgard Roquette-Pinto, Michè Rivet. – Rio de Janeiro, S.d.
Arquivo pessoal de Heloísa Alberto Torres/Acervo IPHAN
Heloísa Alberto Torres com antropólogos no Jardim das Princesas. Da esquerda para a direita: Claude Lévi-Strauss, Carlos Walter Wagley, da Universidade de Colúmbia, Ruth Landes, da Universidade de Colúmbia, Heloisa Alberto Torres, Luiz de Castro Faria, do Museu Nacional, Raymundo Lopes, do Museu Nacional, e Edson Carneiro. – Rio de Janeiro, S.d.
Arquivo pessoal de Heloísa Alberto Torres/Acervo IPHAN