Nascido em Santos – SP no dia 18 de junho de 1898, William Aureli ou simplesmente Willy Aureli foi jornalista, escritor e sertanista. Trabalhou nos Jornais A Tribuna, Folha de São Paulo, Shopping News, A Época, Diário de Notícias, Correio Paulistano e Diários Associados. Escreveu 13 livros sobre suas experiências no interior do país, com destaque para “O Roncador” e “Sertões Bravios” e foi presidente e da direção da Associação Paulista de Imprensa (API) dos anos 1930 aos 1950.
Ficou nacionalmente conhecido pelo seu projeto expedicionário, a Bandeira Piratininga, que contou com 5 expedições para a região do rio Araguaia e a Serra do Roncador. Publicou diversas reportagens e entrevistas a respeito da fauna da região, considerado após suas expedições uma autoridade nacional a respeito da região central, ainda pouco conhecida pelos jornais e a opinião pública.
Willy Aureli divulgou os conhecimentos adquiridos nas expedições de maneira fácil e pouco acadêmica sobre o seu convívio com as tribos indígenas, além de fornecer informações preciosas sobre a geografia, etnografia, flora e fauna do Brasil. Diante de suas publicações, construiu a sua imagem como sertanista.
Seus registros da vida dos Xavantes e Karajás foram exibidos em diversas cidades do país e seu filme, Bandeirantes d’Oeste, figurou entre os principais filmes exibidos nos cinemas de São Paulo na década de 1940.
Suas expedições foram fundamentais para o mapeamento da região e de sua posterior ocupação pelo Estado brasileiro, tendo aberto o caminho para as futuras expedições dos irmãos Villas Boas.
Curiosidade: Willy Aureli foi o primeiro jornalista a dar espaço nos jornais a então desconhecida Carolina Maria de Jesus, onde a entrevista para o jornal Folha da Manhã foi publicada em 25 de fevereiro de 1940. Aureli encerra a matéria com a frase: “É possível que ainda se torne célebre…”.
Produzido por: Maria Gabriela Bernardino e Ian Filho
Coordenado por: Moema Vergara
Arquivo de História da Ciência do MAST