Entre os dias 7 e 10 de maio, Elias da Silva Maia, da equipe do Projeto Valorização do Patrimônio Científico e Tecnológico Brasileiro, visitou onze instituições detentoras de objetos de C&T na cidade de Manaus. Na Universidade Federal do Amazonas foi recebido em quatro locais e teve a oportunidade de conversar com os professores do Departamento de Química, Departamento de Física, Departamento de Geociências e da Faculdade de Tecnologia sobre instrumentos antigos da universidade e o destino que cada local vem dando aos objetos históricos de C&T. Os departamentos de Química e Geociências adotam o procedimento de encaminhar para o depósito do setor de patrimônio. Este, segundo informações não descartam os objetos, mas guardam em locais trancados. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia recebeu o pesquisador que teve a oportunidade de visitar o Museu Moacir Andrade e os laboratórios dos cursos superiores nas áreas de Engenharia Mecânica e Engenharia de Edificações. O museu da instituição tem um acervo variado e nele se encontram alguns objetos de C&T que marcam a história da Instituição. Destaque para a grande quantidade de instrumentos científicos encontrados nos laboratórios dos cursos de engenharia visitados.
Três outros museus abriram não só suas portas, mas também seus espaços de reserva técnica para a visitação do representante do projeto, foram eles: o Museu da Imagem e do Som do Amazonas, o Museu da Rede Amazônica e o Museu de Tecnologia da Universidade Luterana do Brasil. O primeiro possui um acervo de objetos de audiovisual com mais de 200 peças anteriores a década de 1970, alguns datam de meados do século XIX. O segundo retrata parte da história das transmissões da Rede Amazônica de Televisão, possuindo em seu acervo objetos dessa área que datam da década de 1940 e 1950. O museu universitário tem em seu acervo basicamente equipamentos periféricos da área de informática, com destaque para os antigos sistemas de armazenamento de dados usados a partir da década de 1940 e seus relatórios técnicos produzidos nas décadas de 1950 e 1960. O colaborador finalizou seus compromissos na capital amazonense conhecendo os objetos pertencentes a Superintendência de Manaus do Serviço Geológico do Brasil. Recebido pelo gerente de Relações Institucionais, teve a oportunidade de conhecer os objetos que estão fora de uso e também alguns aparatos antigos que ainda são usados em estudos geológicos desenvolvidos pela instituição. O funcionário também apresentou o projeto de criação de um espaço que reunirá amostras de minérios e alguns objetos usados em sua coleta e estudo.
Na última semana de março, Elias da Silva Maia, da equipe do Projeto Valorização do Patrimônio Científico e Tecnológico Brasileiro, visitou dez instituições detentoras de objetos de C&T na capital do Estado do Pará. Teve a oportunidade de registrar objetos de ensino e pesquisa em cursos superiores, coleções presentes em museus e na Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites. Na Universidade Federal do Pará, foram visitados cinco locais. A Faculdade de Física possui objetos históricos em alguns laboratórios, muitos ainda em uso no ensino. As Engenharias Elétrica e Mecânica possuem objetos comuns em suas áreas, a Engenharia Mecânica tem máquinas das décadas de 1950 e 60 que foram pouco utilizadas. Na Faculdade de Geofísica foram encontrados objetos diversificados e em grande número, inclusive há um projeto para constituir um local adequado para a guarda desses instrumentos. O pesquisador também visitou o Museu de Geociências, que embora não possua um grande número de objetos tem uma parceria com o Centro de Memória do Instituto de Geociências, que possui um acervo de instrumentos científicos que vem sendo objeto de pesquisa.
Dois memoriais apresentaram significativo conjunto de objetos da área de navegação, o Memorial Amazônico da Navegação, que possui um conjunto de instrumentos náuticos que pertenceram ao antigo Museu Naval eo Memorial do Porto, que tem em seu acervo instrumentos que remetem à história do Cais do Porto de Belém. O colaborador teve a oportunidade de conhecer mais dois museus, um deles foi o Corveta-Museu Solimões, que na verdade é uma embarcação que traz uma instrumentação variada que data da primeira metade do século XX e o segundo foi o Museu da Imagem e do Som onde encontramos objetos usados na produção de áudio-visual e ainda um conjunto de máquinas pertencentes às primeiras emissoras do Pará. Por último, foi visitada a sede da Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites, que expõe instrumentos de medição geodésica, topografia e astronomia, esses objetos foram usados em demarcações no Norte e Nordeste do Brasil.
O Museu de Astronomia e Ciências Afins tem o prazer de receber a 31a edição do Simpósio Internacional da Comissão de Instrumentos Científicos. O evento, que pela primeira vez se realiza no hemisfério sul, é aberto a todos aqueles interessados na história, preservação, documentação e uso de instrumentos científicos históricos. O Simpósio se realizará entre 08 e 12 de outubro, no Rio de Janeiro, e incluirá visitas técnicas às mais importantes coleções de instrumentos científicos históricos da cidade, além de conferências e sessões de apresentações de trabalho. O site do evento está a seguir, visitem e verifiquem maiores informações sobre o mesmo.
Convido a todos a participar conosco do evento e a contribuir para as discussões, enviando resumos para apresentação de trabalhos. A seguir, apresento a chamada para apresentação de trabalhos. Por favor divulguem o evento.
Chamada para Apresentação de Trabalhos
Os objetivos do XXXI Simpósio estão relacionados à missão da Scientific Instruments Comission: estimular a pesquisa acadêmica em história dos instrumentos científicos, preservação, conservação e documentação de coleções de instrumentos, assim como seu uso no amplo espectro de disciplinas relacionadas ao patrimônio científico, museologia e história das ciências.
Os trabalhos a serem submetidos para apresentação no XXXI Simpósio Internacional da Comissão de Instrumentos Científicos (IUHPS/DHST) devem abordar temas e desafios relacionados à pesquisa, interpretação e promoção dos instrumentos científicos de valor histórico, com ênfase em:
Utilização, comércio e intercâmbio de instrumentos científicos entre a Europa e as Américas
O comércio de instrumentos e métodos que utilizavam esses objetos era de natureza bilateral, com aparatos sendo transferidos em ambos os sentidos (da Europa para as Américas; das Américas para a Europa). Assim, para o próximo Simpósio no Rio de Janeiro, a SIC convida especialmente os pesquisadores a contribuir para a discussão sobre essa temática.
Como em todos os Simpósios da SIC, trabalhos sobre outros tópicos relacionados a instrumentos científicos históricos também são bem vindos, desde que estejam relacionados à história dos instrumentos científicos, preservação, conservação e documentação de coleções de instrumentos, assim como seu uso no amplo espectro de disciplinas relacionadas ao patrimônio científico, museologia e história das ciências.
O SIC2012 encoraja especialmente a apresentação de trabalhos de estudantes de pós-graduação (veja os descontos nas taxas de inscrição).
Datas Importantes
Submissão de resumos: 01 de Junho, 2012
Inscrições antecipadas: até 15 de Julho, 2012
Inscrições Regulares: até 30 de Agosto, 2012
A cidade de São Luis recebeu na última semana de novembro representante do Projeto Valorização do Patrimônio Científico e Tecnológico Brasileiro. Ao todo foram visitados onze locais que possuem objetos ligados as atividades de C&T. A Universidade Federal do Maranhão teve os departamentos de Física, de Química, de Química Industrial e de Engenharia Elétrica visitados. Esses locais vêm reproduzindo à mesma lógica de descarte já identificada em outras universidades federais, mas ainda possuem objetos que são preservados, seja pela sua utilidade nos laboratórios, ou por iniciativa de alguns professores que reconhecem a importância histórica e cultural dos instrumentos científicos. Outras duas instituições vinculadas a esta universidade também receberam Elias Maia, uma delas foi o Museu Universitário denominado “Memorial Cristo Rei”.
A diretora do museu apresentou importantes peças que faziam parte da antiga Faculdade de Filosofia de São Luís do Maranhão (embrião da atual universidade), e das iniciativas que o museu vem tomando para aumentar seu acervo ligado à ciência e tecnologia. A outra, foi o Laboratório de Divulgação Científica “Ilha da Ciência”, o pesquisador foi recebido pelo professor Oliveira que além de coordenar o laboratório, ocupa atualmente o cargo de vice-reitor. Na ocasião foi possível conhecer o projeto de criação de um museu de C&T que já vem sendo debatido na instituição. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia teve três locais visitados, foram eles: Departamento de Física e os departamentos de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica, destaque para este último que possui um conjunto de maquinário da década de 1930. Todos os departamentos confirmaram que não há nenhum projeto que vise a preservação desses objetos, mas a direção do instituto já vislumbrou a criação de um memorial. Finalizando a visita do projeto na capital do Maranhão, foram registrados dois importantes órgãos de pesquisa.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas possui ao todo dezenove escritórios espalhados pelo estado. Seu diretor se comprometeu junto com outros funcionários a fazer um levantamento dos objetos que se enquadram no projeto e estão nesses locais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais possui um número significativo de objetos, alguns ainda em uso. Segundo o responsável pela unidade de São Luís, já foi solicitada a baixa dos que não são mais usados e aguardam a autorização para serem enviados a sua sede em São Paulo, há interesse em doá-los para instituições sem fins lucrativos.
I Seminário de Gestão do Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia, em Recife. Entre os dias 7 a 11 de novembro de 2011
Universidade Federal de Pernambuco através do Departamento de Antropologia e Museologia organizou o I seminário de Gestão do Patrimônio Cultural de C&T, no âmbito do projeto Valorização do Patrimônio de C&T, do qual o grupo da Profa. Emanuela Souza Ribeiro particpa, sendo responsável pelos levantamentos de conjuntos de objetos no estado de Pernambuco. O evento, coordenado pelas profas. Emanuela de Souza Ribeiro e Sandra de Brito Barreto, esta última coordenadora do Museu de Minerais e Rochas da UFPE, ocorre entre 07 e 11 de novembro. No evento o coordenador do projeto Valorização fará duas apresentações, a primeira na abertura, sobre a Institucionalização do Patrimônio Cultural de C&T no Brasil, e a segunda sobre Conservação de Instrumentos Científicos Históricos. Além disso, ministrará um curso de curta duração (08 a 11/11) para alguns convidados, também sobre esse último tema. O curso terá uma parte teórica e uma parte prática, esta última ministrada com o técnico de conservação Ricardo de Oliveira Dias, também do MAST.
Para maiores informações: http://seminariodegestaodopatrimonio.blogspot.com
Fortaleza recebeu a visita de representante do Projeto Valorização do Patrimônio Científico e Tecnológico Brasileiro entre os dias 24 e 29 de outubro de 2011. Elias Maia percorreu treze locais que possuem sob sua guarda objetos históricos usados em atividades de C&T. A Universidade Federal do Ceará teve seis departamentos visitados, entre eles estão os de Oceanografia e Ciências Ambientais que são vinculados ao Instituto de Ciências do Mar, Os objetos desses departamentos encontram-se no mesmo local, mas não contam com nenhuma iniciativa específica para sua preservação, correndo risco de serem descartados a qualquer momento, já que não estão sendo usados nas atividades desenvolvidas pelo instituto.
O Departamento de Geografia não possui um grande número de objetos, mas conta com a iniciativa de um grupo de professores para a organização dos instrumentos e outros objetos em um local adequado. Nos departamentos de "Química Analítica e Físico Química", e "Química Orgânica e Inorgânica" foi possível registrar um grande número de objetos, muitos deles ainda úteis nas atividades de ensino e pesquisa. O Departamento de Física encerrou o compromisso do pesquisador na universidade, possibilitando preencher mais uma ficha de registro do projeto.
O colaborador foi também recebido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da capital cearense por vários professores, entre eles estavam o diretor da unidade e os chefes dos departamentos de Construção Civil, Química e de Indústria, destaque para este último que possui um número expressivo de máquinas da década de 1960 e algumas mais antigas em plena atividade. Além desses locais, outras quatro instituições foram visitadas, entre elas estão dois institutos de pesquisa: Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ambos preservam seus instrumentos antigos que por sua vez encontram-se em bom estado de conservação, além de expô-los nas dependências das suas unidades. Finalmente dois museus completaram o conjunto de instituições visitadas, um deles é o Museu das Secas, instituição vinculada ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que está reformando sua sede. Os objetos, de tipologia bem diferenciada, estão numa situação crítica de conservação.
Por último foi registrado o Museu do Ceará, onde Elias Maia foi recebido pela diretora e pela responsável pelo setor educativo, na ocasião teve a oportunidade de conhecer seu acervo ligado a C&T e a proposta da instituição para esse tipo de patrimônio.
O Projeto Valorização do Patrimônio Científico e Tecnológico Brasileiro dá continuidade ao levantamento de instituições detentoras de patrimônio de C&T no Nordeste. A próxima viagem será entre os dias 19 a 24 de setembro, o colaborador Elias Maia estará nas cidades de João Pessoa e Natal. Serão visitados dez locais que já confirmaram ter sob sua guarda objetos ligados a ciência e tecnologia, anteriores a década de 1970. Na capital da Paraíba três departamentos universitários serão cadastrados, são eles: Departamento de Física, Departamento de Geociências e Departamento de Sistemática e Ecologia, todos ligados a UFPB. No Instituto Federal (antigo CEFET) receberão visitas os cursos de Licenciatura em Química e de Bacharelado em Engenharia Elétrica. Na capital do Rio Grande do Norte a UFRN receberá o pesquisador que terá a oportunidade de visitar o Departamento de Oceanografia e Limnologia, o Departamento de Geografia e o Departamento de Engenharia Civil. Dois museus completam a pesquisa, são eles o Museu Câmara Cascudo e o Museu da Imprensa Oficial Eloy de Souza vinculado ao Departamento Estadual de Imprensa.
As cidades de Aracajú e Maceió entre os dias 01 ao 06 de agosto receberam um representante do projeto que registrará os locais que possuem objetos de C&T. Elias Maia está agendado com dez instituições, sendo cinco em cada capital. A Universidade Federal de Sergipe terá os departamentos de Química e Física visitados, além do Laboratório de Geoprocessamento, Topografia e Modelagem que está recolhendo objetos antigos na universidade para organização de um espaço de memória. O curso superior em Química do Instituto Federal de Sergipe (antigo CEFET) e o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) são outras duas instituições que receberão a visita do colaborador na capital de Sergipe. A Universidade Federal de Alagoas também terá três locais visitados, são eles: Instituto de Geografia Desenvolvimento e Meio Ambiente, Instituto de Química e Biotecnologia, e o Departamento de Física. O Museu da Segunda Guerra Mundial e o Museu de Tecnologia do Século XX encerarão o compromisso do pesquisador no Estado de Alagoas.
Entre os dias 25 e 30 de abril dez instituições detentoras de objetos de C&T foram visitadas na cidade de Curitiba. Na UFPR, seis locais receberam Elias Maia, dentre eles o Museu de Ciências Geodésicas e Cartográficas vinculado ao Setor de Ciências da Terra que, embora ocupando um pequeno espaço, abriga um bem organizado conjunto representativo de instrumentos. Os outros locais foram os departamentos de Química e das engenharias Química, Mecânica e Elétrica, além do Laboratório de Materiais e Estrutura (LAME), vinculado ao Departamento de Construção Civil. Esses locais encontram-se com os problemas já identificados em outras instituições, como falta de espaço e descarte sem critério. Porém iniciativas individuais de recolhimento de objetos e vontade de organizar espaços de exposição também foram observadas.
Outras quatro instituições receberam a visita do colaborador, sendo dois institutos de pesquisa e dois museus. O Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e o Instituto de Tecnologia do Estado do Paraná (TECPAR) são instituições relativamente antigas, a primeira tem mais de 80 anos e a segunda recentemente completou 70 anos de existência. Alguns departamentos que hoje pertencem a UFPR iniciaram suas atividades no TECPAR e este expõe alguns de seus 500 objetos históricos nos corredores da instituição. O curioso no IEP é que a instituição já recebeu alguns objetos doados por engenheiros associados, o que consta em ata, só que ainda não passaram a guarda para o instituto, que está reorganizando seu espaço.
Os museus visitados foram o Museu Paranaense e o Museu do Expedicionário. O primeiro possui objetos que foram usados em medições, registros e observações importantes para o Estado do Paraná, além de objetos isolados que se enquadram em algumas áreas da nossa pesquisa. O Museu do Expedicionário tem sob sua guarda instrumentos de engenharia e de comunicação usados na Segunda Guerra Mundial e fazem parte da exposição permanente da instituição.
Aconteceu no MAST, a defesa de dissertação da aluna Maria Alice Ciocca de Oliveira, no Mestrado em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST). A dissertação é um dos produtos previstos no projeto em curso e tem por título "A trajetória da formação da Coleção de Objetos de C&T do Observatório do Valongo". A banca examinadora de dissertação foi composta pelo Prof. Dr. Marcus Granato (orientador, PPG-PMUS, MAST), pelo Prof. Dr. Marcio Ferreira Rangel (membro interno - PPG-PMUS/MAST) e pela Profa. Dra. Marta Catarino Lourenço (Museu de Ciência da Universidade de Lisboa). A defesa foi realizada em sisitema de vídeo-conferência, no auditório do Prédio anexo do MAST (Rua Gal. Bruce, 585, São Cristóvão, RJ).
Esta dissertação tem por objetivo construir a trajetória da formação da Coleção de Objetos de C&T do Observatório do Valongo como subsídio para a pesquisa museológica sobre coleções e para a construção da história do ensino da Astronomia no Brasil, em especial, no Rio de Janeiro. Para isso, inicialmente, buscou-se a sua caracterização como patrimônio da C&T do Brasil, situando-a como uma coleção histórica de ensino e pesquisa, no âmbito das coleções universitárias.
Em seguida, foi construída a trajetória da formação da coleção, através do levantamento de informações sobre os objetos que foram usados nas aulas práticas das disciplinas relacionadas à Astronomia, Geodésia e Topografia, ministradas no Observatório Astronômico da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, nome anterior do Observatório, nas aulas práticas e nas pesquisas realizadas no Curso de Graduação de Astronomia, no Observatório do Valongo, unidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A pesquisa foi realizada a partir do final do século XIX, tendo como ponto de partida a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1874, terminando nos primeiros anos do século XXI, quando a Coleção de Objetos de C&T do OV foi reconhecida como representante da memória institucional. Os dados sobre os objetos da coleção possibilitaram o conhecimento de parte dos contextos, social, político, econômico e científico em que os objetos participaram, contribuindo não só para a construção da trajetória da formação da coleção, mas também, para a trajetória institucional que era pouco conhecida.
Percebe-se que foi possível alcançar os objetivos previstos na dissertação e destacam-se aqueles momentos singulares identificados na trajetória construída: o momento inicial, quando foram adquiridos os primeiros objetos, antes da fundação do próprio Observatório, a partir da criação da Escola Politécnica, em 1874; a fundação do Observatório da Escola Politécnica, em 05 de julho de 1881; a transferência do Observatório do Morro de Santo Antonio para a Chácara do Valongo (no Morro da Conceição), entre 1924 e 1926; o período de pouca utilização Observatório, entre 1936 e 1957; a criação do Curso de Astronomia, em 1958; a aquisição do conjunto de instrumentos pelo acordo do MEC com países do leste europeu, na década de 1970; a mudança de olhar para os instrumentos, marcada pelo desenvolvimento de projetos de preservação da memória institucional, a partir de 1996; a formação da coleção, a partir das atividades realizadas em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins.