Qual o papel dos museus ao analisar as realidades brasileiras do passado e do presente, no ano do Bicentenário da Independência do Brasil? Como essa reflexão – entre inquietudes e projetos de esperanças – pode contribuir para o desenvolvimento de um futuro mais digno e menos desigual para a nossa sociedade?
Partindo dessas questões, o seminário vai abordar diferentes aspectos dos museus e das práticas museológicas ao longo dos últimos duzentos anos no Brasil, seu papel no desenvolvimento das ciências e sua relação com movimentos políticos e de poder na consolidação da nação brasileira e de uma “identidade nacional” idealizada, muitas vezes injusta e pouco representativa.
Os museus foram espaços fundadores da ciência nacional e tiveram papel crucial no desenvolvimento do Brasil. Apesar de terem seguido um paradigma eurocêntrico, desenvolveram práticas museológicas com características muito próprias de nossa realidade. Além de atuarem na preservação, produção e socialização de conhecimentos, são hoje ferramentas estratégicas de transformação e inclusão social.
Nesses duzentos anos são também perceptíveis eventuais dependências e interdependências dos museus brasileiros, das práticas museológicas e sua relação com a consolidação da Museologia como disciplina científica no Brasil e no mundo. Sendo assim, o que esperar para o futuro dos museus ante as especificidades locais e perspectivas globais?