Acervo
Imagens do Eclipse
Um dos objetivos científicos da expedição brasileira que se dirigiu a Sobral foi fotografar a coroa solar, camada mais externa da atmosfera do Sol, visível apenas durante a totalidade. Para isso, foram utilizados dois instrumentos. O menor deles, uma luneta do fabricante Steinheil com objetiva de 10cm de diâmetro e distância focal de 1,5m, ficou a cargo de Henrique Morize. Devido a irregularidades no seu mecanismo de relojoaria, as fotografias com ela obtidas não ficaram nítidas.
O instrumento maior era uma luneta do fabricante Mailhat, com objetiva de 15cm. Ele foi posicionado na horizontal devido às suas dimensões (a distância focal era de 8m). Em um dos extremos da luneta ficava a câmera fotográfica, e do outro, o celostato – espelhos acoplados a um mecanismo de relojoaria que compensava o movimento de rotação da Terra e mantinha os raios da luz solar sempre direcionados para o foco do instrumento.
O astrônomo Allyrio de Mattos ficou encarregado da operação da luneta de Mailhat. Foram obtidas sete placas fotográficas da coroa solar, de 18 x 24cm, com diferentes tempos de exposição. Ele também conseguiu obter 2 belas fotografias de uma protuberância solar visível durante o eclipse.