Museu Paraense Emílio Goeldi
O interesse pelo estudo da etnografia na Amazônia fez-se presente desde o momento da criação da Associação Filomática em 1866, instituição que foi um embrião do Museu Goeldi. A atuação de Domingos Soares Ferreira Penna, fundador do Museu Paraense, foi pioneira tanto nos estudos etnológicos como arqueológicos. Por isso, a origem e objetivos iniciais do MPEG confundem-se com a formação dos acervos e estruturação das pesquisas arqueológicas e etnográficas.
No período de 1894 a 1907, quando Emilio Goeldi foi diretor, ele criou a Seção de Etnografia e Arqueologia. Gerenciou-a por muito tempo, estando Curt Nimuendajú à frente dessa seção apenas em 1914. Até os anos 1950, acervos arqueológicos e etnológicos permaneceram armazenados em conjunto, iniciando-se sua classificação de modo sistemático apenas após a atuação de Eduardo Galvão em 1957, que criou, entre outras iniciativas, o programa de pesquisa centrado no Homem na Amazônia e formou a seção de Ciências Humanas, posteriormente transformada em departamento e, a partir de 1985, em coordenação. O acervo linguístico só começou a ser formado na década de 1980.
Atualmente, a Coordenação de Ciências Humanas (CCH) desenvolve pesquisa em três áreas: Antropologia, Arqueologia e Linguística.
Quanto aos acervos científicos, a coleção arqueológica reúne mais de 81 mil objetos e fragmentos de cerâmica, artefatos líticos e outras evidências coletadas em vários sítios arqueológicos da região. O acervo etnográfico, com cerca de 14 mil peças, é heterogêneo se consideradas a sua origem geográfica (Brasil, África, Peru e Suriname) e constituição material, que abrange todas as categorias artesanais. O acervo linguístico tem registros de 70 línguas indígenas contendo gravações digitalizadas de 1.300 fitas e discos, correntemente sendo organizado seguindo padrões internacionais de arquivamento linguístico.
Apresenta-se, aqui, a base de dados sobre os objetos Ticuna do Acervo Curt Nimuendajú coletados em 1941 e 1942 e depositados na Reserva Técnica de Etnologia do Museu Paraense Emílio Goeldi. Selecionou-se como amostra os objetos classificados como indumentárias rituais de dança (máscaras, vestimentas e panos) e instrumentos rituais utilizados na festa de puberdade Ticuna. O Museu Goeldi abriga ao todo 444 objetos Ticuna coletadas por Curt Nimuendajú em 1941 e 1942, que consistem uma das amostras mais significativas da cultura material desse povo em instituições brasileiras, ao lado do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que resguardou 200 objetos da mesma safra. Juntam-se à presente base de dados objetos coletados por Priscila Faulhaber: 9 indumentárias em 2000 e 2 indumentárias em 2002, compreendendo máscaras, vestimentas, uma roda e um pano no contexto de rituais de puberdade observados dentro das atividades do presente projeto. A inclusão destes últimos materiais justifica-se para demonstrar a continuidade no tempo dos conteúdos significativos da cultura Ticuna e possibilitar a comparação entre dois momentos. Consta ainda 1 escudo ritual coletado por Priscila Faulhaber para o MAST.
444 objetos Ticuna.
Informações disponibilizadas pela própria instituição.
Link: http://www.museu-goeldi.br/
Veste de entrecasca
Localização: Alto Solimões, Amazonas, Brasil.
VB 912
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 148 cm; U. acima: 88 cm; Comp. da perna: 69 cm; U. da perna: 46 cm.; Comp. do braço: 50 cm; U. do braço: 36 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-claro, vermelho e preto.
Descrição: Este longo calção com mangas afixadas pertence a uma máscara perdida pertencente a uma veste de entrecasca. O lado de trás é fechado com cordão amarrado na garganta. A larga lista horizontal na altura da barriga, muito gasta, é interrompida por um meio círculo.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, Rio Solimões, Brasil.
VB 11 546
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 112 cm; Comp. em cima: 96 cm; Comp. embaixo dos braços: 45/53 cm; Comp. da perna: 32 cm; Comp. da parte de cima da perna: 48/54 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: Segundo as indicações de Waehmer, trata-se de uma veste de máscaras de um garoto que simboliza os cairara (trocadores). Objetos marrom-avermelhados com mangas costuradas e calças recortadas são usados nas festas das donzelas. As quatro listas transversais mostram diferentes desenhos, de barracos, montanhas e lugares encantados. A parte de trás da veste é fechada.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, Rio Solimões, Brasil.
VB 11 546
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 112 cm; Comp. em cima: 96 cm; Comp. embaixo dos braços: 45/53 cm; Comp. da perna: 32 cm; Comp. da parte de cima da perna: 48/54 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: Segundo as indicações de Waehmer, trata-se de uma veste de máscaras de um garoto que simboliza os cairara (trocadores). Objetos marrom-avermelhados com mangas costuradas e calças recortadas são usados nas festas das donzelas. As quatro listas transversais mostram diferentes desenhos, de barracos, montanhas e lugares encantados. A parte de trás da veste é fechada.
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Localização: R. Tacana, Brasil.
VB 11619
Colecionador: Waehmer, 1933/34
Dimensões: Comp. incluindo avental de entrecasca: 140 cm; Comp. sem avental de entrecasca: 80 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo-azulado e preto-amarronzado (muito gasto).
Descrição: Também pertencente ao conjunto associado às festas das donzelas, esse objeto se assemelha aos outros nas franjas de entrecasca inferiores. Entre as duas listras atravessadas encontra-se uma comprida decoração em cores vivas.
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Localização: R. Tacana, Brasil.
VB 11619
Colecionador: Waehmer, 1933/34
Dimensões: Comp. incluindo avental de entrecasca: 140 cm; Comp. sem avental de entrecasca: 80 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo-azulado e preto-amarronzado (muito gasto).
Descrição: Também pertencente ao conjunto associado às festas das donzelas, esse objeto se assemelha aos outros nas franjas de entrecasca inferiores. Entre as duas listras atravessadas encontra-se uma comprida decoração em cores vivas.
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Parte de uma veste de máscara
Localização: Alto Solimões, Brasil.
VB 13722
Colecionador: Wahemer, 1933/34.
Dimensões: Comp. da roupagem: 117 cm; Diâm. das franjas de entrecasca: 39 cm; Diâm.: 88 cm
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: A parte superior é atravessada por um cordão de fibra que se estende 8 cm para fora, podendo ser apanhado. Modelos geométricos horizontais enfeitam as partes de trás e da frente da máscara.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
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Parte de uma veste de máscara
Localização: Alto Solimões, Brasil.
VB 13722
Colecionador: Wahemer, 1933/34.
Dimensões: Comp. da roupagem: 117 cm; Diâm. das franjas de entrecasca: 39 cm; Diâm.: 88 cm
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: A parte superior é atravessada por um cordão de fibra que se estende 8 cm para fora, podendo ser apanhado. Modelos geométricos horizontais enfeitam as partes de trás e da frente da máscara.
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Traje de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 13 721
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp. dos trajes (incluindo franjas de entrecasca) e alt. dos bastões colocados: 52 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor marrom escuro.
Descrição: O traje avermelhado de entrecasca termina em um penacho de cabelos de entrecasca e caules de folhas de palmeiras, esticadas sobre parte de pequenas tábuas feitas de madeira macia. Na bainha dos trajes são atadas tiras de entrecasca. Linhas horizontais pintadas em cor marrom escuro enfeitam a parte da frente, enquanto riscas com seções circulares e uma grande estrela de David enfeitam a parte de trás do objeto.
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Traje de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 13 721
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp. dos trajes (incluindo franjas de entrecasca) e alt. dos bastões colocados: 52 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor marrom escuro.
Descrição: O traje avermelhado de entrecasca termina em um penacho de cabelos de entrecasca e caules de folhas de palmeiras, esticadas sobre parte de pequenas tábuas feitas de madeira macia. Na bainha dos trajes são atadas tiras de entrecasca. Linhas horizontais pintadas em cor marrom escuro enfeitam a parte da frente, enquanto riscas com seções circulares e uma grande estrela de David enfeitam a parte de trás do objeto.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11544
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 112 cm; Larg.: 87/96 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores preto, amarelo, vermelho e marrom.
Descrição: Segundo Waehmer, esta veste de máscara também foi usada na festa da donzela. Modelos geométricos perpendiculares são pintados de amarelo e preto. Na parte superior, vê-se o filho da Lua, à esquerda, uma casa ou igreja, e abaixo, dois tipos de cobra. Tem abertura para boca e olhos.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11650
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 112 cm; Larg.: 80/92 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo e azul-claro.
Descrição: Segundo os apontamentos de Waehmer, deve tratar-se de uma veste e máscara representando um pássaro que só canta na Lua cheia, pertencentes ao conjunto da moça. Traz um corpo celeste desconhecido como um resto humano, de onde, mais uma vez, pende para baixo o duplo símbolo dentado em formato de J. Nos outros ornamentos dominam a forma circular convexa e as correspondentes linhas côncavas. Também esta veste das máscaras termina sobre a cabeça dos portadores como touca.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11 554a
Colecionador: Wahemer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 125 cm; Larg.: 98 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, preto, amarelo e marrom-claro.
Descrição: A veste de máscara é coberta pelo dentado símbolo em formato de J, em cujo meio são reconhecidos os orifícios de boca e olhos. O formato se estreita na direção do rosto, como uma pinça, terminando em uma touca. Ao lado de desenhos isolados e faixas sobressaem-se representações de pássaros e um papagaio.
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Pedaços de entrecasca pintados
Localização: Alto Amazonas.
VB 1311
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 145 cm; Larg.: 60/155 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, marrom-escuro, marrom-claro e preto.
Descrição: A indicação suplementar de Hahnel “pedaço pintado de casca, veste de festa na dança de donzelas do povo dos Tacumas” descreve claramente o significado e origem da veste. Feita de entrecasca clara, o lado da frente é enfeitado com desenhos organizados em faixas. Orifícios para olhos e boca estão dispostos de maneira assimétrica. O lado de trás mostra triângulos e motivos semelhantes. É uma veste larga, de forma cônica, terminada em touca que deve cobrir a cabeça do portador.
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Veste de entrecasca
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11 551
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 102 cm; Larg.: 85 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, marrom-escuro, amarelo e verde-oliva.
Descrição: Segundo anotações de Waehmer, deve tratar-se de uma máscara de peixe-boi para donzelas. Peixe-boi é a designação brasileira para o americano “Secuh” (Manatur inunguis natterer). A veste de entrecasca não traz nenhuma representação reconhecível do peixe-boi. Acima, vê-se um símbolo em forma de J invertido, com pontas duplas em faixas entre as quais se distingue o desenho de um inseto não identificado. Abaixo está a figura de uma cobra.
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Veste de entrecasca
Localização: S. Paulo de Olivença, R. Solimões, Brasil.
Colecionador: Hahnel, 1884
Dimensões: Comp.: 118 cm; Larg.: 88 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores
Descrição: O lado de frente da veste de entrecasca mostra dois símbolos dentados em formato de J, opostos um ao outro. Na parte de cima são facilmente reconhecíveis as aberturas enfeitadas para olhos e boca, enquanto a parte de trás é ornada por desenhos geométricos, fortemente contrastantes.
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Veste de máscara
Localização: Alto Amazonas.
VB 13 723
Colecionador: Waehmer, 1939.
Dimensões: Comp.: 139 cm; Larg.: 125/160 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: Os ornamentos pretos formam uma figura atraente, ao lado de um símbolo em forma de estrela com folhas. O símbolo em forma de J aparece, dessa vez, em direção contrária e acompanhado de uma linha de dentes, folhas e uma nítida estrela de cinco pontas.
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Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11552 a, b, c
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: a) Comp.: 100cm; Larg.: 96/100 cm. b) Comp.: 121 cm; Larg.: 91 cm. c) Comp.: 114 cm; Larg.: 62/78 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo, verde-oliva e lilás-escuro.
Descrição: As notas suplementares de Waehmer dizem que se trata de partes de uma veste de máscara para donzelas. A observação “curupira” indica que a máscara personifica o demônio da floresta. Spix e Martius (III1109) escrevem em 1825: “Menos terrível que Jurupari é o Curupira, um espírito engraçado da floresta, que encontra os indígenas debaixo da mistura de formas, conversa com eles, provoca sentimento hostil entre pessoas isoladas e diverte e observa com satisfação maliciosa a desgraça ou a desventura das pessoas.” As medidas das partes isoladas e a posição da abertura dos braços e marcas das faces deixam supor que se trata de três vestes de máscaras completas. Enquanto que nas partes B e C a cabeça se sobressai como touca, a parte A seria amarrada no ombro. Nas três partes de veste não está claro se elas se juntam uma às outras atrás ou em cima. Os desenhos na parte A (152) mostram pétalas e botões. As partes B e C (150 e 151) são guarnecidas com símbolos pontudos em forma de J. Abaixo desse desenho está representado um peixe com barbatanas. Também carregam as vestes símbolos de olhos, biconvexos. A parte B, como contraposição, trás um desenho bicôncavo.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
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Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11552 a, b, c
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: a) Comp.: 100cm; Larg.: 96/100 cm. b) Comp.: 121 cm; Larg.: 91 cm. c) Comp.: 114 cm; Larg.: 62/78 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo, verde-oliva e lilás-escuro.
Descrição: As notas suplementares de Waehmer dizem que se trata de partes de uma veste de máscara para donzelas. A observação “curupira” indica que a máscara personifica o demônio da floresta. Spix e Martius (III1109) escrevem em 1825: “Menos terrível que Jurupari é o Curupira, um espírito engraçado da floresta, que encontra os indígenas debaixo da mistura de formas, conversa com eles, provoca sentimento hostil entre pessoas isoladas e diverte e observa com satisfação maliciosa a desgraça ou a desventura das pessoas.” As medidas das partes isoladas e a posição da abertura dos braços e marcas das faces deixam supor que se trata de três vestes de máscaras completas. Enquanto que nas partes B e C a cabeça se sobressai como touca, a parte A seria amarrada no ombro. Nas três partes de veste não está claro se elas se juntam uma às outras atrás ou em cima. Os desenhos na parte A (152) mostram pétalas e botões. As partes B e C (150 e 151) são guarnecidas com símbolos pontudos em forma de J. Abaixo desse desenho está representado um peixe com barbatanas. Também carregam as vestes símbolos de olhos, biconvexos. A parte B, como contraposição, trás um desenho bicôncavo.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
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Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11552 a, b, c
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: a) Comp.: 100cm; Larg.: 96/100 cm. b) Comp.: 121 cm; Larg.: 91 cm. c) Comp.: 114 cm; Larg.: 62/78 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, amarelo, verde-oliva e lilás-escuro.
Descrição: As notas suplementares de Waehmer dizem que se trata de partes de uma veste de máscara para donzelas. A observação “curupira” indica que a máscara personifica o demônio da floresta. Spix e Martius (III1109) escrevem em 1825: “Menos terrível que Jurupari é o Curupira, um espírito engraçado da floresta, que encontra os indígenas debaixo da mistura de formas, conversa com eles, provoca sentimento hostil entre pessoas isoladas e diverte e observa com satisfação maliciosa a desgraça ou a desventura das pessoas.” As medidas das partes isoladas e a posição da abertura dos braços e marcas das faces deixam supor que se trata de três vestes de máscaras completas. Enquanto que nas partes B e C a cabeça se sobressai como touca, a parte A seria amarrada no ombro. Nas três partes de veste não está claro se elas se juntam uma às outras atrás ou em cima. Os desenhos na parte A (152) mostram pétalas e botões. As partes B e C (150 e 151) são guarnecidas com símbolos pontudos em forma de J. Abaixo desse desenho está representado um peixe com barbatanas. Também carregam as vestes símbolos de olhos, biconvexos. A parte B, como contraposição, trás um desenho bicôncavo.
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Máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, Rio Solimões, Brasil.
VB 11547 a, b
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: a) Comp.: 110cm; Larg.: 93/99 cm. b) Comp.: 82cm; Larg.: 110cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores preto, amarelo, vermelho-amarronzado, cinza-azulado e amarelo (gasto).
Descrição: Duas camisas pintadas, feitas de tecido de entrecasca. Vestes pertencentes à máscara perdida que representava o “padre religioso”. Dançava na festa das donzelas e bloqueava o caminho das outras máscaras. Quando sua dança terminava, era expulsa pelas máscaras restantes. Pelas indicações de Waehmer, encontrou-se numa metade de máscara um crucifixo e na outra uma igreja. A veste 149 é enfeitada com dois desenhos, um preto e um amarelo, dentro de uma faixa horizontal. Vê-se nitidamente o desenho de um animal aquático e uma espécie de cruz. A folha e ornamento triangular na veste B (148) estão muito gastos por lavagens. Deve-se ressaltar que as riscas de entrecasca, que traz o motivo da folha, são pregadas ao resto da veste.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
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Máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, Rio Solimões, Brasil.
VB 11547 a, b
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: a) Comp.: 110cm; Larg.: 93/99 cm. b) Comp.: 82cm; Larg.: 110cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores preto, amarelo, vermelho-amarronzado, cinza-azulado e amarelo (gasto).
Descrição: Duas camisas pintadas, feitas de tecido de entrecasca. Vestes pertencentes à máscara perdida que representava o “padre religioso”. Dançava na festa das donzelas e bloqueava o caminho das outras máscaras. Quando sua dança terminava, era expulsa pelas máscaras restantes. Pelas indicações de Waehmer, encontrou-se numa metade de máscara um crucifixo e na outra uma igreja. A veste 149 é enfeitada com dois desenhos, um preto e um amarelo, dentro de uma faixa horizontal. Vê-se nitidamente o desenho de um animal aquático e uma espécie de cruz. A folha e ornamento triangular na veste B (148) estão muito gastos por lavagens. Deve-se ressaltar que as riscas de entrecasca, que traz o motivo da folha, são pregadas ao resto da veste.
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Peças de entrecasca pintadas
Localização: R. Tacana, Alto Amazonas.
VB 1313
Colecionador: Hahnel, 1883/84.
Dimensões: Comp.: 123 cm; Larg.: 95 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom-avermelhado, marrom-claro e amarelo.
Descrição: As indicações de Hahnel dizem: Veste de festa na dança das jovens. A veste de entrecasca, pertencente ao conjunto da moça, exibe uma pétala estilizada, caules de folhas e ornamentos geométricos, de olhos e pontas duplas, em diferentes tons de marrom e amarelo intenso. Os desenhos verticais tornam-se mais largos na bainha, acentuando a forma cônica do vestido de festa.
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Veste de máscara
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11553
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 110 cm; Larg.: 125/140 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores preto, vermelho-amarronzado, marrom-acinzentado, violeta e amarelo.
Descrição: Segundo notas de Wahemer, essa veste também é usada nas festas das donzelas, talvez pelas moças. A parte alta da peça de entrecasca evidencia claramente que a veste era amarrada. Os desenhos em diferentes cores (triângulos, estilizadas listras onduladas, folhas, motivos semelhantes a losangos, cruz de vento, rosetas, pássaros), formam uma faixa horizontal de 60 cm de largura.
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Traje de máscaras
Localização: Igarapé Caldeirão, R. Solimões, Brasil.
VB 11 549
Colecionador: Waehmer, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 96 cm; Larg.: 98 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores vermelho-amarronzado, amarelo e verde-oliva.
Descrição: Pelas notas de Waehmer, trata-se do traje de uma máscara utilizada na festa da moça nova. Entre duas faixas transversais com modelos geométricos (espinhas de peixe, triângulos e losangos) estão decorações, na parte da frente e atrás, com símbolos de estrela e quadrados coloridos.
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Veste de entrecasca
Localização: São Paulo de Olivença, R. Solimões, Brasil.
VB 1770
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 91 cm; Larg.: 80 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores amarelo, marrom-avermelhado e marrom.
Descrição: Ornamentos geométricos repetidos, dispostos de maneira vertical ou horizontal, enfeitam as feitas de entrecasca. Segundo as indicações de Hahnel as vestes pertencem ao traje usado nas festas das donzelas.
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Veste de entrecasca
Localização: São Paulo de Olivença, R. Solimões, Brasil.
VB 1791
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 102 cm; Larg.: 90/96 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores marrom, marrom-avermelhado e verde-oliva.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
Categories | Indumentária, Museu de Etnologia Berlim, Vestimenta |
Localização: São Paulo de Olivença, Rio Solimões, Brasil.
VB 1762
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 154 cm; Larg.: 107/135 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor marrom avermelhado e preto.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
Categories | Indumentária, Museu de Etnologia Berlim, Vestimenta |
Veste de máscara
Localização: São Paulo de Olivença, R. Solimões, Brasil.
VB 1764
Colecionador: Hahnel, 1884.
Dimensões: Comp.: 124 cm; Larg.: 98/117 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural em cor preto.
Descrição: O lado da frente da veste de máscara mostra, sobre duas listras duplas cruzadas, a figura de uma face. Da boca quadrada com dentes pontudos sai uma linha curva ladeada por cores escuras. Na mesma linha estão o nariz largo, sobrancelhas, fronte, e os olhos quase triangulares. Os orifícios dos olhos e boca para o portador deixam supor que a veste é presa na metade de cima da cabeça.
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Veste de máscara
Localização: Letícia, Sul da Colômbia.
VB 13 667
Colecionador: Freitag, 1933/34.
Dimensões: Comp.: 120 cm; Larg.: 138 cm; Comp. da perna: 51 cm; Larg. da perna: 54/57 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores preto, amarelo, marrom-avermelhado e verde (gasto).
Descrição: A veste de máscara, extremamente larga, com calças recortadas, tem aparência grosseira. Um delicado esboço de um pássaro e um ornamento em formato de olhos enfeitam a parte de cima, entre as aberturas dos braços. Também se observa olhos, linhas duplas simples, cruzadas e onduladas. Ainda, uma imperceptível fileira de furos na beira de entrecasca superior leva a supor que a veste seria amarrada à garganta.
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Veste de máscara
Localização: São Paulo de Olivença, Rio Solimões, Brasil.
VB 1769
Colecionador: Hahnel, 1889.
Dimensões: Comp.: 141 cm; Larg.: acima 84 cm; Larg.: abaixo 93 cm.
Matéria-prima: Pigmento natural nas cores amarelo, marrom-avermelhado e verde-oliva (gasto).
Descrição: Veste de máscara para festa da moça nova, com decoração de listras. A parte da frente é enfeitada com pequenas e longas formas triangulares, separadas por linhas duplas terminadas em pontas. O lado de trás mostra linhas duplas com numerosos traços que lembram escamas de peixes.
Album | Museu de Berlim vestimentas |
Categories | Indumentária, Museu de Etnologia Berlim, Vestimenta |