Instituições científicas

No Brasil, o primeiro sistema educacional consistia, principalmente, em colégios e seminários sob a direção dos jesuítas. Com a expulsão desses, em 1759, por iniciativa do Marques de Pombal, houve o que podemos chamar de um “vazio educacional”. Somente com a transferência da Corte Portuguesa, em 1808, serão criadas importantes instituições de ensino e pesquisa, com a necessidade de reformular a estrutura administrativa, econômica e cultural no país.

 

Inicialmente, os primeiros cursos superiores a serem organizados foram medicina, engenharia e direito. Contudo, vale ressaltar a criação de instituições culturais e científicas brasileiras como a Imprensa Régia, em 1808; Real Horto (atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro), em 1808; Biblioteca Real, em 1814; Museu Real, em 1818; . Para criar as novas instituições, foi necessário trazer da Europa especialistas que ficariam encarregados de implantar, desenvolver e ministrar aulas. Os primeiros cursos foram criados nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A primeira instituição brasileira dedicada ao ensino médio – o atual Colégio Pedro II – foi criada em 1837 no Rio de Janeiro.

 

Devido à proposta desta exposição, apresentaremos uma breve cronologia com base nas instituições participantes.

 

As primeiras instituições de ensino no Brasil são consideradas como os primeiros núcleos geradores de conhecimento científico: a Real Academia de Marinha (1808) e a Real Academia Militar (1810),  voltadas às Ciências Matemáticas, Ciências da Observação, ‘Physica’, Química, Mineralogia, Metalurgia e História Natural (compreendendo o Reino Vegetal e Animal) e as Ciências Militares. Após a Independência do Brasil, a Academia da Marinha e a Escola Militar passam por várias reformas em seus regulamentos.

 

Em 1832, reúnem-se em uma só instituição as Academias de Engenharia Militar, Civil e Naval, sendo que esta última se desliga um ano mais tarde. Em 1837, a Academia Militar passa a ser denominada Escola Militar e, em 1855, Escola Militar e de Aplicação do Exército. Em 1858, a Escola Militar separa-se da Escola Central que, em 1874, dá origem à Escola Politécnica do Rio de Janeiro. A partir desse momento, ocorre a separação definitiva entre o ensino militar e o ensino civil na área de engenharia.

 

A Escola de Engenharia de Juiz de Fora em agosto de 1917, quando um grupo de professores e alunos desligou-se do Curso Politécnico que era oferecido pela Academia de Comércio desde 1909.

 

Em 1920, já no período republicano, as escolas politécnicas, faculdades de direito e de medicina são unidas, dando origem à Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do  Rio de Janeiro - UFRJ. Em 1960, é criada a Universidade de Juiz de Fora, a qual incluirá em sua estrutura a Faculdade de Engenharia, antiga Escola de Engenharia de Juiz de Fora.

 

 

 

Saiba Mais:

 MENDONÇA, Ana Waleska.P.C. A universidade no Brasil. Disponível em: http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE14/RBDE14_09_ANA_WALESKA_P_C_MENDONCA.pdf> Acessado em 22 set. 2010.

 

FAVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. A Universidade no Brasil: das origens à Reforma Universitária de 1968. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n28/a03n28.pdf. Acessado em: 22 set.2010.

 

CARRATO, José Ferreira. Igreja, Iluminismo e Escolas Mineiras Coloniais. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1968. 311 p. (Brasiliana, 334) . Português de Leitura, Ano 2, n. 3, jul./dez. 1977, p. 145-57.

Academia. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/ . Acessado em 12 nov. 2010.

 

CUNHA, Paulo. Astronomia na Amazônia no século XVIII. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=50&id=47&tipo=resenha . Acessado em 28 set. 2010

 

.