Visitas Técnicas

O XXXI Simpósio Internacional da Comissão de Instrumentos Científicos tem em sua programação visitas a museus e coleções que incluem algumas das mais importantes coleções de instrumentos científicos no Rio de Janeiro, Brasil.

Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Museu Histórico Nacional, Instituto Brasileiro de Museus
Museu Imperial, Instituto Brasileiro de Museus, Ministério da Cultura
Observatório do Valongo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Museu Nacional



O Museu Nacional/UFRJ foi fundado em 6 de junho de 1818 por D. João VI, com o intuito de promover o progresso cultural e econômico no país. Inicialmente sediado no Campo de Santana, no centro da cidade do Rio de Janeiro, o Museu Nacional só veio ocupar o Palácio de São Cristóvão a partir de 1892, três anos após a Proclamação da República.

Atualmente o Museu Nacional integra a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e detém a maior coleção de História Natural da América Latina. As peças que compõem as exposições abertas ao público são parte dos 20 milhões de itens das coleções científicas conservadas e estudadas pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Invertebrados, Vertebrados e Geologia e Paleontologia.

Situados na parte sul da Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, integram a estrutura do Museu Nacional o Horto Botânico e a Biblioteca Central (com acervo de aproximadamente 470 mil volumes, entre livros, obras raras e periódicos de séculos passados). Já no Palácio, encontra-se a Biblioteca Francisca Keller, que possui o mais completo acervo de literatura antropológica do Brasil.

O Museu possui um conjunto de instrumentos científicos pertencente ao Departamento de Geologia e Paleontologia que necessita ser preservado. São objetos adquiridos entre o final do século XIX e início do XX, que podem ter participado de atividades de pesquisa importantes para o país, mas sua participação na história precisa ser construída.

Museu Nacional - UFRJ
Quinta da Boa Vista, São Cristóvão Rio de Janeiro, RJ, - 20940-040
55 21 2562.6900
www.museunacional.ufrj.br


Museu Histórico Nacional



O MHN foi fundado em 1922, por iniciativa de Gustavo Barroso, que iniciou a formação das primeiras coleções em que se destacavam os mobiliários, armarias e condecorações militares. O Conjunto Arquitetônico da Ponta do Calabouço – onde se encontra instalado o Museu Histórico Nacional – no centro da cidade do Rio de Janeiro, juntamente com seu entorno, tem grande importância para a história tanto da cidade quanto do Brasil. Construído no século XVI, desempenharam papel central na ocupação e manutenção do território, sempre sediando funções militares, portuárias, religiosas e administrativas ligadas à presença do colonizador português.

À fortificação inicial veio se juntar a Casa do Trem, destinada à guarda do "trem de artilharia", conjunto de apetrechos bélicos usados na defesa da cidade, e, mais tarde, o Arsenal de Guerra. No início do século XX, o Arsenal é transferido para a Ponta do Caju, abrindo o caminho para a adaptação do conjunto para suas novas funções: Pavilhão das Grandes Indústrias da "Exposição Internacional de 1922". Por determinação do Presidente Epitácio Pessoa, o Pavilhão abrigou, em duas de suas salas, o núcleo inicial do Museu Histórico Nacional. Com o encerramento da Exposição, o Museu veio ocupando progressivamente toda a área.

O acervo do MHN é constituído por 277.490 peças, em tipologias diversas. Possui preciosa coleção de arte asiática e de objetos criados sob a inspiração do Oriente, além de uma coleção de numismática, que inclui moedas, cédulas, vales, ações, selos postais, apólices, cartões telefônicos e outros objetos pecuniários, além de condecorações, que é a maior da América Latina. Ligada às origens da própria Instituição, a coleção de armaria é uma das mais completas, oferecendo um panorama da evolução do armamento nos séculos XVIII e XIX. Finalmente, a coleção de objetos relacionados à ciência e tecnologia conta com 176 peças, onde se destacam lunetas, bússolas, quadrantes, balanças, instrumentos de desenho e um conjunto de relógios de diversas características. Possui também 653 itens de equipamentos médicos, 311 itens de comunicação, além de nove itens relacionados à mineração.

Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora s/n°, Rio de Janeiro, RJ
55 21 2550.9269
www.museuhistoriconacional.com.br


Museu Imperial



O Palácio Imperial de Petrópolis foi uma das residências da família imperial brasileira. Construído com recursos pessoais do imperador durante o período de 1845 a 1862, o projeto foi elaborado pelo Major Major Julius Friedrich Koeler e finalizado pelos conhecidos arquitetos Joaquim Cândido Guillobel, José Maria Jacinto Rebelo and Manuel Araújo Porto Alegre, que possuíam relações estreitas com a Academia Imperial de Belas Artes. O complexo do palácio foi enriquecido, durante a década de 1850, pelos jardins planejados e realizados pelo arquiteto paisagista Jean-Baptiste Binot, sob orientação do jovem imperador.

Com o estabelecimento da República e consequente banimento da família imperial, a construção foi ocupada por duas escolas: Notre Dame de Sion (1893-1908) e, posteriormente, S. Vincent de Paula (1909-1939). A maior parte do mobiliário e outros artefatos foram removidos e vendidos. Tudo isso ocorreu antes da assinatura do decreto- lei n. 2096, pelo Presidente Getúlio Vargas, criando o Museu Imperial em 29 de março de 1929.

Em 16 de março de 1943, o Museu Imperial foi inaugurado contando com uma coleção significativa de obejtos relacionados ao período imperial brasileiro. Durante as últimas sete décadas, um grande número de documentos, livros e objetos de arte, num total de quase 300 mil objetos, passaram a fazer parte do acervo do museu, graças á generosidade de centenas de doadores.

O Museu Imperial pertence ao Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que faz parte do Ministério da Cultura.

Museu Imperial – IBRAM - MinC
Rua da Imperatriz, 220, Petrópolis / RJ - 25.610-320
55.24.2245.5550
55.24.2245.5560
www.museuimperial.gov.br

 

Observatório do Valongo



O Observatório do Valongo foi fundado em 1881, com a principal missão de ser utilizado para o ensino da Astronomia e da Geodésia dos alunos da Escola. O Observatório é um instituto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, até a década de 1950, era denominado Observatório Astronômico da Escola Politécnica. Ficava inicialmente localizado no Morro de Santo Antonio, até ser transferido, na década de 1920, para a Chácara do Valongo, no Morro da Conceição, ambos localizados no centro da cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

A Coleção de Objetos de Ciência e Tecnologia (C&T) do Observatório do Valongo (OV) é uma coleção histórica de ensino e pesquisa, constituída por instrumentos, aparatos e acessórios científicos fabricados nos séculos XIX e XX. Foram utilizados nas aulas práticas no ensino da astronomia, geodésia e topografia.

A Coleção é composta por cerca de 300 objetos e abrange as áreas de Astronomia, Geodésia, Topografia, Química e Fotografia. Forma um conjunto que se divide em dois grupos, de acordo com a sua atuação na história da instituição.

Um grupo é formado por objetos fabricados no final do século XIX e início do século XX. Foram, em sua maioria, importados da Europa, com poucas, porém importantes, exceções de objetos fabricados no Brasil, como a luneta equatorial fabricada pela Oficina José Hermida Pazos. O outro grupo é formado por objetos fabricados após a década de 1950. São, na sua maioria, objetos fabricados pela firma Carl Zeiss, adquiridos por um convênio entre o Brasil e as Repúblicas Democrática Alemã e Popular da Hungria (BRASIL, 1969), que ficou conhecido como Acordo MEC/Leste Europeu.

Observatório do Valongo - UFRJ
Ladeira Pedro Antônio, 43 - 20080-090
55.21.2263.0685
http://www.ov.ufrj.br/index_800x600.htm